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Os Sermões

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Pe. Antônio Vieira

O Pe. Antônio Vieira nasceu em Lisboa em 1608, vindo para o Brasil com pouco mais de 5 anos, estudou no Colégio Jesuítas da Bahia e foi ordenado padre em 1634, contando com a idade de 26 anos, percorreu por cinco anos várias aldeias da Bahia. Vieira foi sempre um grande orador, um pregador que seduzia os auditórios de Lisboa, Roma e também do Brasil.

Entre os anos de 1646 a 1650 realizou uma intensa atividade diplomática em missões políticas na França, Holanda e Itália. Em 1652 veio para São Luís do Maranhão, retornando ao Brasil com o objetivo de reatar as atividades missionárias. O índio, nessa época, era a vítima dos colonos que o sujeitava impiedosamente a um regime de escravidão semelhante ao do negro. Com o arrebatamento que o caracteriza, lançou-se na tarefa de proteger os índios, catequizá-los, criar aldeias para recolhê-los e defendê-los das garras dos colonos brancos.

Pe. Vieira por seu envolvimento em questões relacionadas com o povo judeu foi condenado pelo Santo Oficio, ou seja, pela inquisição, e a 1 de Outubro de 1665 foi preso permanecendo encarcerado até 1668, três anos portanto, quando foi absolvido.

Morreu com 89 anos em Julho de 1697 no Colégio da Bahia deixando-nos uma herança literária vasta e multiforme. Escreveu para além de duzentos Sermões que lhe valeram ser considerado o maior orador sacro de Portugal. Escreveu mais de setecentas cartas e redigiu diversos tratados de caráter profético e uma série de textos de natureza política e social.

Durante o século XVII, o Sermão só foi gênero literário predominante, como também, e principalmente, a base da mais importante cerimônia social: a pregação. Através da pregação a palavra do orador atingia todas as camadas sociais e muitos Sermões não só continham teores teológicos, ou seja, relacionados com questões religiosas, mas também continham teores morais e políticos.

Para o Pe. Vieira pregar não era apenas orar, aconselhar, exaltar ou glorificar, era fundamentalmente, um agir. Ele acreditava que tinha o dever de aperfeiçoar os cidadãos através do exemplo. Daí a necessidade que ele tinha em fazer com que as pessoas entendessem e possuíssem uma noção sensível e perfeita da justiça. Por isso também a filosofia e a teologia devia anteceder a retórica, ou seja, a filosofia e a teologia deviam ir muito além de um discurso vazio. Para o Pe. Vieira o orador devia ser antes de tudo um homem de bem e a sua vida deveria ser marcada pela honestidade.

Alguns textos de Pe. Vieira continuam possuindo uma atualidade na medida em que pensavam as questões humanas no que elas tinham de universal. Os leitores poderão verificar este fato nos fragmentos que escolhemos de seus sermões, que irão compor o texto da nossa peça teatral.

O Texto

Ressalvamos que estes escritos de Pe. Vieira foram adaptados para o teatro e para o leitor do nosso tempo. Por isso em alguns momentos substituímos algumas palavras do texto original por palavras sinônimas mais próximas da nossa linguagem, facilitando assim, o entendimento do próprio texto.

O texto do espetáculo é constituído de um recorte de quatro sermões de Pe. Vieira. São eles: Sermão da Quarta-feira de Cinzas, Sermão do Bom Ladrão; Sermão da Quinta-feira da Quaresma e Sermão do Primeiro Domingo do Advento.

Objetivo

Refletir com os alunos do ensino médio a corrente do Barroco conceptista através da linguagem teatral, tornando mais acessível a compreensão do texto.

Encenação

O espetáculo constitui-se de um ritual da palavra. A platéia faz o “papel” dos fiéis que vão à Igreja para ouvir o grande orador sacro. Neste monólogo o ator se movimenta em torno de uma mesa, onde se encontram alguns símbolos religiosos, que serão utilizados ao longo dos sermões.

Duração

40 minutos mais 30 minutos de debate com a platéia.

Quem viu

Dentre as várias escolas onde este espetáculo foi apresentado, citamos: