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Cardápio Rubem Alves

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Imagens registradas pelo Fotógrafo
Ricardo Correia de Araújo, no
Teatro Municipal de Ouro Preto - MG

Sinopse

Um garçom oferece para a plateia “pratos” elaborados pelo Chef Rubem Alves. Cada prato contempla textos do autor que refletem sobre diversos temas. São eles:

Prato de Entrada

Semelhante a um cozinheiro, Rubem Alves nos oferece um cardápio escrito com o seu corpo e seu sangue, e deseja que o devoremos, para que o sêmen de suas palavras nos engravide de esperança.

Prato do Tempo

O que é tempo? Ele  é apenas um fio. Nesse fio vão sendo tecidas todas as experiências de beleza e de amor por que passamos: “Aquilo que a memória amou fica eterno.”

Prato da Transformação

Nesse texto, Rubem Alves utiliza a pipoca como um objeto poético. A pipoca não é o que ela deve ser, ela deve ser aquilo que ocorre depois do seu estouro. Mas isso acontece pelo poder do fogo. De forma metafórica nós somos a pipoca, e as grandes transformações que ocorrem em nossa vida acontecem pelo poder do fogo. O fogo é quando a vida nos lança em situações que jamais imaginamos.

Prato do Casamento

Os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de vida longa.

Prato do Grande Mistério

Conversando com sua neta, ele discute a questão da vida e da morte dizendo que: a morte é nossa eterna companheira. Está sempre à nossa esquerda, à distância de um braço. (...) O que se deve fazer quando se é impaciente é virar-se para a esquerda e pedir conselhos a sua morte. Você perderá uma quantidade enorme de mesquinhez se sua morte lhe fizer um gesto. Toda vez que sentir  que está tudo errado e você está prestes a ser aniquilado, vire-se para sua morte e pergunte se é verdade. Ela lhe dirá que você está errado; que nada importa realmente, além do toque dela. Sua morte lhe dirá: “Ainda não o toquei”.

Prato Infantil

A menina e o pássaro encantado é uma estória infantil que nos mostra que é a saudade que nos torna criaturas encantadas.

Prato da Escutatória

Nesse prato, ele nos mostra a importância de saber ouvir. Ouvir é complicado porque não basta ter ouvidos para ouvir o que foi dito, mas é necessário fazer silêncio na alma.

Prato Paterno

Ter um filho é algo que muda a nossa vida de forma inexorável. Dali para a frente, o coração caminhará por caminhos fora do seu corpo. Lembrei-me dos meus sentimentos antigos de pai, diante dos meus filhos adormecidos. Veio-me à mente a imagem de um ninho. Era isso que eu queria ser. Queria que meu corpo fosse um ninho-penugem que protegesse meus filhos.

Aqui ele nos faz pensar que  a pessoa que tem imagem de ninho na alma só poder ser uma pessoa boa.

Prato do Educador

Finalizamos o cardápio com uma homenagem aos professores, pois ensinar é um exercício de imortalidade, de certa forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. Professor assim não morre jamais, se liga a eternidade, porque nunca se sabe os  limites de tempo e de espaço da sua influência.